Os restos mortais eram desembalados em cima da mesa de autopsia da delegacia. Dei instruções para que fossem extremamente cuidadosos, e assim que os restos estavam desembalados e em segurança, na sala de autopsia, fui até uma sala me preparar para investigar.
Respirei fundo, e pegando minha xicara de chá que havia preparado anteriormente, tomei um ultimo gole. A examinar restos mortais era uma tarefa que exigia concentração e habilidade, e por sorte, eu tinha as duas coisas. Estalei as articulações dos braços e vesti meu tão velho e amado jaleco do Instituto Jeffersonian, o qual tinha me formado e tantos anos trabalhado.
Sai da sala e vesti as luvas de látex, com o tradicional estalo, e com um giro suave, caminhei com passos firmes em direção ao corpo. Ao notarem minha aproximação, vários peritos recolheram as amostras que precisavam e se afastaram, com pressa. Não pude deixar de dar um sorriso malicioso com isso. Esse tratamento só se consegue após ser editor chefe por sete anos do ‘’ Seminário Antropológico ‘’; além de dirigir com excelência a aria de criminalística forense do Instituto Jeffersonia. Mas só consegui esses méritos, por que fui um dos últimos alunos da maior antropologista do mundo: Dra. Temperence Brennan.
Mas voltando ao cadáver, decidi reexaminar aquelas marcas na C4. Consultando um molde em 3D pude constatar de fato: eram dentes humanos. Retirei de leve, raspas do osso, e as armazenei nos devidos recipientes.
Também percebi, agora com mais luz, fraturas extremamente fortes , que haviam quebrados dois ossos: a ulna e o radio. Algo desse gênero só poderia ser feito em uma queda alta, mas os padrões daquelas fraturas não mostravam que isso havia acontecido. Um carro? Não, as marcas não eram chatas, nem planas.
- Os fragmentos desses ossos, onde estão?
Perguntei em voz alta, e logo um estagiário me trouxe. Coloquei a frente de uma luz e com o auxilio da lupa, percebi algo que parecia ser partículas orgânicas incrustadas.
-Por favor, ligue para Washington, preciso de um entomologista aqui, e rápido!
Exclamei com urgência para o gordo xerife, que se debatendo correu a sua sala. Voltei ao ossos, para terminar meu relatório.
~~1:35 minutos depois~~
Estalei minhas articulações de todo o corpo, e finalizei meu relatório. Agoar não havia muito o que fazer, se não sair investigar pela cidade. Incerto se o povo iria coperar, reuni alguns arquivos que eu precisava. Mas só sairia do meu apartamento até a reconstrução fácil estiver pronta, e eu estiver com o nome da vitima. Deixo vários policiais ali, e sigo para meu apartamento, com sono.
