"When I'm bad i'm even better." - Ivy Lynn
Tagged: Austin.
Vestindo: link
Local: Bosque.
Eu gostaria de ter tido uma resposta, diferentemente da minha vida toda. Na verdade, aquela resposta poderia ter me feito correr ou dado tempo d salvar algo que eu sabia que se esvairia com os minutos e com aquela dor que senti em meu pescoço e que foi se espalhando. Senti as mãos que prenderam meu corpo agilmente e sorrateiro. Por fim, cai no chão e minha cabeça queimava da mesma forma que os membros do corpo ao qual sentia uma corrente desagradável passar. Eu dei um grito agudo ao sentir toda aquela sensação tomar conta do meu corpo. Meu corpo se contorcia e eu via aquela figura de pé m minha frente. Pelo menos vi até que minha visão começasse a embaçar e os olhos lascinarem diante de tamanha dor. Enquanto me contorcia um vulto passou em minha mente. Papai chegara de viagem e corri na direção dele, pulando em seus braços tão acolhedores. Aquele menininho de dez anos ainda era uma parte minha. Era terrível tê-lo longe de mim. Ao abraçá-lo dizia:
-Papai. senti sua falta. Ele beijou o topo da minha cabeça:
-Saudades suas também, filho. Ele e mamãe se abraçaram e deram um pequeno beijo.
"Somos uma família tão feliz." - Eu estava agora observando a ceia de natal do ano em que eu contara sobre minha sexualidade para eles. Tinha sido tão tranquilo eu sabia que tinha a melhor família do mundo. Os sorrisos do papai eram sempre mais radiantes do que qualquer um que eu conhecera em vida. Vida, essa palavra era como minha alma que parecia querer deixar meu corpo diante daquela dor. Retorci-me no chão mais uma vez e vi tudo se esbranquecer em frente á mim. Uma mão se ergueu em minha direção e a segurei me levantando:
-Pai? Ele sorriu ao me ver:
-Parece que nos vimos de novo. Olhei confuso:
-Onde estamos? Olhei ao redor e aprecia uma floresta, só que mais clara:
- Forks. Onde mais estaria? Eu ainda estava confuso, perdido e disse:
-Mas... Ele me bloqueou e disse:
-Acho que deveria pensar no que vai fazer daqui pra frente. O passado é bom e ruim, mas deve ficar em seu lugar. Acho que deveria cantar uma daquelas canções que vivia ouvindo para nós em casa. Eu gostava daquela, little house. Bem você. Vamos. Começamos a caminhar pelo bosque verdejante e em meio aos passos, quase num sussurro comecei a cantar:
-I love this place, But it's haunted without you. My tired heart Is beating so slow... Papai me olhou de lado e mantinha um sorriso dos seus radiantes na face. Sorri de forma meiga e olhei para uma árvore linda e enorme. Segui cantando baixo:
-Our hearts sing less, Than we wanted. We wanted, Our hearts sing 'cause We do not know, we do not know. Ainda caminhando pelo bosque, senti que algo estava errado. Olhei de lado e ele sumira. Parei a música perguntei:
-Pai? Papai? Eu estava assustado e a música não saía da minha cabeça, principalmente o último verso.
"I am here to stay..." - Ficar? Mas ficar onde? Com quem? Meus olhos encheram de lágrimas e me vi sozinha. Coloquei as mãos na cabeça e caí a chorar no chão. Tu se esvaiu de novo e senti a dor, aquela dor. Me contorci uma última vez no chão e a ela fora cessando, entretanto doía. Sentia meu corpo ficando cansado e meu coração ainda batia acelerado. Era o mesmo bosque, o da visão. Era uma escolha entre viver ou morrer. Eu havia feito a minha. Viver.